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TEOLOGIA: AUTORIDADE,OBJETIVO E POSSIBILIDADE. A T

Quais as bases sólidas da fé e da prática?. Como a revelação divina é aplicada ao indivíduo? Estas perguntas dirigem-nos a atenção ao problema da autoridade:
• Autoridades Externas: (As origens autorizadas que se acham fora do indivíduo).
• Autoridade Canônica: A autoridade canônica sustenta que as matérias bíblicas contidas no cânon das Escrituras são a revelação autorizada de Deus.
• Autoridade Teológica: O conceito teológico da autoridade confia nas confissões doutrinárias, ou credos, da comunidade religiosa global como fonte da fé e da prática. Desde o princípio, a igreja tem declarado as suas crenças através de fórmulas e credos. Tais declarações, em formas de credo, são de valor para Igreja; servem para enfocar a atenção do adorador nos elementos cruciais de sua fé. Permitem que o mundo, que a tudo observa, escute uma voz clara e uníssona explicando a teologia da igreja cristã. Todavia, o problema do conceito teológico da autoridade é que tende a elevar as afirmações, em forma de credos, a uma posição superior a da própria Bíblia.
• Autoridade Eclesiástica: O Conceito de autoridade eclesiástica sustenta ser a Igreja a autoridade última em todas as questões de fé e prática. Não se nega a importância da Bíblia, mas esta deve (segundo alegam) ser interpretada por aqueles que recebem formação especial para desempenhar tal tarefa.
• Autoridades Internas:
• A Experiência como Autoridade. O indivíduo relaciona-se com Deus no âmbito da mente, da vontade e das emoções. De fato, a Revelação de Deus tem o seu efeito na totalidade da pessoa humana. Muitos argumentam que a experiência é a fonte originária e real da autoridade no tocante a fé e a prática. Dizem que somente as verdades experimentadas pelo indivíduo podem ser proclamadas como verdadeiras. As experiências variam entre sis, e nem sempre se pode discernir com clareza suas origens. Uma fonte fidedigna de autoridade deve estar além dos aspectos variáveis que marcam a experiência; deve até mesmo ter a competência para contradizer e corrigir a experiência se necessário for.
• A Razão como Autoridade. Com o advento do Iluminismo, muitos vêm fazendo da razão humana a fonte auto-suficiente da autoridade. O Racionalismo diz que não precisa da revelação divina, nega a realidade dessa revelação.
• Os benefícios da Razão: Aplicar a razão ao conteúdo bíblico, pesquisando textos e documentos antigos, conhecendo o ambiente social e econômico em que surgiram os escritos da Bíblia, e muitos outros esforços desse tipo, têm se mostrado mais útil para se entender a revelação divina.
• Os limites da Razão: A razão não tem a primazia sobre a revelação de Deus. A razão humana, ao negar a revelação divina, coloca-se sob a influência do pecado e de satanás, desde a queda de Adão.
“...porquanto, tendo conhecido a Deus, contudo não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.Dizendo-se sábios, tornaram-se estultos” (Rm1.21,22)
• O OBJETIVO DA TEOLOGIA:
Não se encontra na Bíblia uma teologia já feita e ordenada, mas encontram-se os fatos com os quais podemos organizá-la, dar-lhe forma, sistematizá-la.
O fim, portanto, da teologia não é criar fatos, mas descobrí-los e organizá-los num sistema.
“Neste estudo somos como arquitetos ocupados na construção dum grande edifício... Que belo edifício não nos é dado construir!!!”
• A POSSIBILIDADE DE TERMOS UMA TEOLOGIA
• Deus existe e tem relações com o mundo (Gn1. 1) Ele cria, sustenta e governa tudo.
• O homem é feito à imagem de Deus e é capaz de receber e compreender aquilo que Deus revela (Gn1. 26.27).
• Deus tem se revelado (Hb 1.1)
• A revelação geral de Deus:
Deus se revela através da natureza e do universo (Sl 19; At 17.27; Rm 1.8-21).
• É uma revelação Clara.
• É uma revelação incessante. “Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite”.
• É uma revelação silenciosa. “Não há fala, nem palavras; não se lhes ouve a voz.” Sua voz fala não ao ouvido, mas ao coração devoto que escuta a mensagem: “A mão que nos criou é de Deus.”
• É uma revelação mundial. “Por toda a terra estende-se a sua linha, e as suas palavras até os consfins do mundo.”
• É uma revelação gloriosa.
“Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.”
"Todas as coisas da Natureza são esboços proféticos das operações divinas; Deus não apenas nos conta as parábolas, mas as executa". – Tertuliano
Deus se revela através da natureza humana. (Rm 2.11-15)
• A revelação especial de Deus – seus aspectos:
• Pessoal: Através do Cristo revelado nas Escrituras inspiradas, o homem chega a conhecer a Deus pessoalmente num relacionamento de redenção.
“O Cristianismo evangélico reconhece como revelação tanto o Verbo Vivo quanto a Palavra escrita.”
• Seletiva (Dt 29.29): Não devemos supor que na Bíblia temos tudo quanto Deus queira revelar, porque isto não é verdade. Seria impossível conter em um só livro (Jo 21.25). Temos, porém, no que se acha escrito na Bíblia, o suficiente para servir-nos de guia e autoridade em todas as questões que surjam em nossas vidas. O conhecimento de Deus
• Compreensível: Mas como o finito não pode entender totalmente o Infinito, jamais lograremos conhecer a Deus exaustivamente.
• Progressiva: (Os 6.3; Hb 1.1,2). Deus não se revelou de uma só vez todas as verdades que nos queria transmitir a respeito de si mesmo e dos seus caminhos através das Escrituras. “Não se trata de um movimento na revelação especial da não-verdade para a verdade, mas de um desvendamento menor para um mais completo.”Apesar de muito distanciados, cronologicamente falando, seus livros constituem um todo harmonioso. Há entre eles a melhor unidade de assunto, de espírito, de intuito e de tratamento. Nenhum ensino dum livro anterior é negado pelos posteriores. O que se nota é progressão, jamais negação.
• Registrada: Por que Deus achou necessário, mandar registrar, por escrito, boa parte dessa revelação especial e exclusiva de si mesmo?
• É necessário um padrão objetivo para testar as alegações de crenças e práticas religiosas. A experiência subjetiva é por demais obscura e variável para oferecer certezas a respeito da natureza e da vontade de Deus. Considerando a relevância eterna da mensagem de Deus á humanidade, não era necessário “um som incerto” (1 Co 14.8; 2 Pe 1.19) . O padrão escrito de revelação fornece a certeza e a confiança no “Assim diz o Senhor”
• A revelação divina garante que a revelação que Deus fez de si mesmo seja completa e tenha continuidade. Sendo a revelação especial progressiva, a posterior edifica sobre a anterior. Logo, ao ser registrada a “totalidade”, “as partes” fazem mais sentido.
• Uma revelação registrada por escrito preserva melhor a forma da mensagem de Deus no seu caráter integral. No decurso de longos anos, a memória
“Os livros representam o melhor meio de preservar a verdade com sua integridade e transmiti-la de geração a geração. A memória e a tradição não merecem confiança. Portanto, Deus agiu com a máxima sabedoria e também dum modo normal dando ao homem a sua revelação em forma de livro.” Dr. Keyser
• Transmitida:
"A Revelação de Deus não somente ilumina o campo da Teologia, mas também derrama a sua luz benéfica sobre todos os assuntos em que a Teologia se interessa.” __A.B. Langston
Em Resumo:
É possível termos uma teologia por que:
• Deus existe e tem relações com o mundo.
• O homem foi criado à imagem de Deus e, portanto pode receber e compreender o conhecimento de Deus.
• Deus tem se revelado ao homem.