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BIOGRAFIAS - MARTIN LUTHER KING JR.

MARTIN LUTHER KING JR.
Eu Tenho Um Sonho...

INTRODUÇÃO
I. SUAS ORIGENS
1. Nome: O homem que tinha esse sonho passaria toda a vida à busca dele, daria sua vida a favor dele. Seu nome era Martin Luther King Jr.
2. Cidade de Nascimento: Nasceu em Atlanta, Geórgia.
3. Família: O jovem ministro nasceu em uma família de pastores batistas.
4. Educação:
• Foi educado na Morehouse College. Na época tinha 15 anos, ele conheceu Benjamin E. Mays, que o inspirou ao ministério e foi seu mentor e conselheiro por toda sua vida.
• No Seminário Teológico Crozer, na Pensilvânia, obteve sua graduação.
• Ele obteve seu doutorado na Universidade de Boston. Ali ele conheceu e se casou com Coretta Scott, com quem compartilhou a luta pelos direitos civis e com quem teve quatro filhos.
5. Ministério: Em 1954, tornou-se pastor da Igreja Batista da Avenida Dexter, na cidade de Montgomery, no Estado americano do Alabama.
6. Perfil: A figura mais proeminente da luta por erradicar as práticas e preconceitos raciais nos Estados Unidos. King era um orador e pregador de primeira qualidade, a ponto de ganhar o apoio da maioria do povo norte-americano na luta contra o racismo.

II. SEU SONHO:
“Que um dia meus quatro filhos possam viver em uma nação onde não sejam julgados pela cor de sua pele, mas pelo seu caráter”. Essas palavras abalariam os Estados Unidos.

III. FATO QUE MARCOU SUA VIDA
1. Em 1955, uma mulher negra, Rosa Parks, deu um passo que mudaria a vida de Luther King. Embora os negros, de acordo com as exigências, só pudessem ocupar os assentos de trás dos ônibus municipais, ela se sentou na frente. Ela ocupou o primeiro assento disponível na parte da frente. Rosa foi presa por quebrar a lei de segregação.
2. Em apoio a essa mulher, Martin Luther King Jr. liderou um boicote ao sistema de ônibus de Montgomery. Afinal de contas, a maioria dos passageiros daquele sistema de transporte era formada de negros, que estavam sendo tratados de maneira injusta. Desse modo, os negros se recusariam a entrar nos ônibus enquanto durassem a discriminação. Eles achavam que “era mais honrosos andar pelas ruas com dignidade do que andar de ônibus e serem humilhados”
3. Esse boicote durou um ano, mas, por fim, os negros venceram essa luta e, com essa vitória, Martin Luther, foi lançado na luta pelos direitos civis nos EUA.

IV. SUA METODOLOGIA
1. Influenciado pelo método de não-violência de Gandhi, Luther King e outras pessoas começaram a protestar. “Vamos igualar sua capacidade de infligir sofrimento [...] façam conosco o que vocês quiserem e continuaremos a amar vocês, respondeu Luther King aos seus opositores”.
2. Seguindo os passos de Jesus, ele anunciou: “Jesus proclamou na cruz, de maneira eloquente, uma lei superior. Ele sabia que a antiga filosofia do olho por olho deixaria todo mundo cego. Ele não combatia o mal com o mal. Ele combatia o mal com o bem. Embora crucificado pelo ódio, ele reagiu com um amor enérgico e ativo”.
3. É um método de mudança social que amortece o desejo de vingança e a memória da crueldade entre combatentes; e por conseguinte, acelera o processo de reconciliação entre as distintas facções que estão em luta. É uma forma humanizante de lutar contra o inimigo que corresponde ao princípio de amor que rege a criação.

V. RESUMO DE SUAS ATIVIDADES
• Com a organização da Conferência Sulista de Liderança Cristã, liderada por Luther king, ele começou a fazer uma campanha nas cidades do sul: Jackson, Selma, Meridian e Birmingham. Entretanto, sua influência, à medida que liderava os ataques às injustiças sociais nas cidades do norte, estendeu-se além disso,
• Um círculo bem próximo composto de ministros protestantes negros, entre os quais estava Jesse Jackson, apoiava Luther King, mas, em pouco tempo, brancos, católicos e judeus se uniriam à sua causa.
• Seu método de não-violência foi recebido com cavalos, cassetetes, cães e espancamentos. Embora muitos cristãos o apoiassem, alguns dos principais oponentes de Luther King também professassem o nome de Cristo.
• Na primavera de 1963, Luther King foi preso por ter liderado uma marcha de protesto na cidade de Birmingham, no Alabama,
• Os pastores de Atlanta o criticaram por ter deixado sua igreja em Montgomery. “Que direito ele tinha de se envolver onde não fora chamado?”, perguntavam eles.
• Em sua Carta de uma prisão em Birmingham, Luther King declarou que “a injustiça em qualquer lugar ameaça a justiça em todo lugar”. Para os que não foram alcançados pelos “penetrantes dardos da segregação” e o aconselhavam a esperar, ele respondeu: “... quando você é acossado durante o dia e assombrado à noite simplesmente pelo fato de ser negro, e tem de andar constantemente pisando em ovos , sem nunca saber o que esperar, além de ser incomodado por temores interiores e ressentimentos exteriores, quando você tem sempre de lutar contra uma sensação perversa de não ser considerado gente – então você entenderá por que achamos difícil espera”. King responde aos pastores brancos que criticavam o movimento dos direitos civis por violar a lei e provocar a violência. King denuncia e critica a miopia social desses pastores. Eles não reconhecem que são precisamente as estruturas e as leis de segregação racial que são injustas e violentas. Mostra que o movimento pelos direitos civis não é a causa da tensão e do conflito. O protesto pacífico só tornava mais evidente a violência das estruturas raciais. Quanto à violação das leis civis, King alega junto a Agostinho, Tomás de Aquino, que é indispensável distinguir entre leis justas e injustas. As leis injustas não são leis no sentido literal da palavra, e portanto não são válidas “Ai dos que decretam leis injustas, e dos escrivães que prescrevem opressão. Para desviarem os pobres do seu direito, e para arrebatarem o direito dos aflitos do meu povo; para despojarem as viúvas e roubarem os órfãos!” (Isaías 10.1,2). A principal falta ou erro dos pastores brancos é que não reconhecem, ou não querem admitir, que sua interpretação da fé cristã faz deles cúmplices da injustiça social que se comete contra a população negra. Com ou sem intenção fazem do cristianismo um aliado que apoia o racismo e a injustiça social.

• A Marcha até Washington, em 1963, se tornaria um dos acontecimentos mais importantes na história da luta pelos direitos civis, pois, por sua influência, acredita-se que foram aprovadas as leis do direito civil de 1964 e a lei de direito do voto de 1965. Durante a Marcha, Martin Luther King Jr. expôs seu sonho: “Que um dia meus quatro filhos possam viver em uma nação onde não sejam julgados pela cor de sua pele, mas pelo seu caráter [...] Com esta fé, seremos capazes de extrair da montanha do desespero a pedra da esperança. Com esta fé, seremos capazes de transformar as contendas desarmoniosas de nossa nação em uma maravilhosa sinfonia de irmandade. Com esta fé, seremos capazes de trabalhar juntos, de orar juntos [...] sabendo que um dia seremos livres.”
• Em 1964, Luther King recebeu o prêmio Nobel da Paz, um reconhecimento parcial da validade desse sonho.

VI. SUA MORTE
1. Luther King, em 1968, foi para a cidade de Memphis, no Estado de Tennessee, em apoio a uma greve dos coletores de lixo. No dia 4 de abril, enquanto conversava com colegas no corredor externo do segundo andar do hotel, na Mulberry Street, em que estava hospedado, foi alvejado por um assassino, seu nome: Earl Ray.
2. Nesta época King estava organizando a “Campanha dos pobres” que representava uma radicalização do movimento dos direitos civis enfatizando a importância de garantir a todos os cidadãos o direito ao trabalho e a um salário mínimo.

VII. SEU LEGADO PERMANECE VIVO
1. Embora a nela tenha lhe tirado a vida, não pôs fim àquele sonho.
2. Alguns o identificam como um dos precursores da teologia da libertação nos Estados Unidos. Para King toda teologia autêntica implica numa prática social transformadora. A teologia se fundamenta num testemunho prático não só no nível pessoal, mas também no âmbito político, onde o ser humano confronta a maioria de seus problemas existenciais.
3. Cria que os cristãos que se recusassem a envolver-se na dimensão social e política contribuíam, com ou sem intenção, à injustiça presente.
4. Toda prática humana é política. E a pior, ou mais irresponsável, das políticas é aquela que não reconhece suas próprias consequências.
5. Como para os teólogos da libertação, para King a teologia é autêntica quando se identifica com as vítimas da injustiça.
6. Para King, a luta contra a injustiça cria condições para a criação do que ele chamou “The Beloved Comunity” [A comunidade amada]. Esta é uma comunidade inclusiva em sua composição racial, de classe e de grupos étnicos. É uma comunidade de reconciliação, de solidariedade entre os distintos grupos sociais, baseada no princípio do mútuo apoio, e onde todos terão uma oportunidade real de participação ativamente na organização e direção da comunidade local e nacional. É por isso que King insiste na não-violência como parte integral e essencial no processo de mudança social.
7. A resistência pacífica, que King tira de Gandhi, tem a virtude de que nos permite atacar o pecado sem fazer mal ao pecador.
8. Em resposta à coragem e ao testemunho determinado desse ministro, o dia de Martin Luther King foi instituído nos EUA, a terceira segunda-feira de janeiro. Ele é o único ministro religioso americano a ter um dia dedicado à sua honra.

VIII. FRASES DE MARTIN LUTHER KING

“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”

“No final, não nos lembraremos das palavras dos nossos inimigos, mas do silêncio dos nossos amigos”

“Se um homem não descobriu nada pelo qual morreria, não está pronto para viver”

“Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo”

“A verdadeira medida de um homem não se vê na forma como se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas em como se mantém em tempo de controvérsia e desafio”

“Aprendemos a voar como os pássaros e a nadar como os peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos”

“Se não puder voar, corra; se não puder correr, ande; se não puder andar, rasteje, mas continue em frente de qualquer jeito”

“Se alguém varre as ruas para viver, deve varrê-las como Michelângelo pintava, como Beethoven compunha, como Shakespeare escrevia”

“Uma das coisas importantes da não violência é que não busca destruir a pessoas, mas transformá-la”

“Devemos construir diques de coragem para conter a correnteza do medo”

“Mesmo seu eu soubesse que amanhã o mundo se partiria em pedaços, eu ainda plantaria a minha macieira”

“Todo progresso é precário, e a solução para um problema coloca-nos diante de outro problema”

“Nós não somos o que gostaríamos de ser.
Nós não somos o que ainda iremos ser.
Mas, graças a Deus,
Não somos mais, quem nós éramos”

FONTE:
Os 100 Acontecimentos Mais Importantes da História do Cristianismo, págs. 229-31 – Vida
Dicionário Ilustrado dos Intérpretes da Fé – Editor Justus L. González

Wilson de Jesus Alves
Bacharel em Teologia