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O MEDO

O MEDO

INTRODUÇÃO:
ALGUNS CASOS TÍPICOS DE MEDO
"Não sei se estou salvo.”
"A doença me espanta; leva-me tão perto da morte..."
"Eu cometi o pecado imperdoável. Sei que o cometi, pois Deus já não ouve nem responde às minhas orações. Tenho o desejo de suicidar-me; pois estou perdido de qualquer maneira".
"Tenho medo de participar da Santa Comunhão, medo de tomá-la indignamente".
"Tenho medo de desmaiar, pois então todos verão que há alguma coisa errada em mim".
"Tenho medo de meu bebê nascer marcado por causa do que fiz comigo mesma".
"Dizem que sou como meu pai em muitas coisas. Tenho receio de contrair matrimônio e ser infeliz no casamento como meu pai foi. Tenho medo de apaixonar-me".
"Tenho receio de perder o emprego?"
"Temo ir dormir. Receio morrer enquanto estiver dormindo".

O QUE É O MEDO

É uma emoção de afastamento, e envolve uma fuga do perigo. Ele pode estar relacionado à nossa imaginação (dúvidas, suspeitas, fantasias, etc.), ou resultar de desvios de educação moral e espiritual.
O medo é universal
A primeira reação ao pecado e à desobediência de Adão e Eva foi o medo, pois se esconderam de Deus, que passava pelo jardim do Éden por volta da viração do meio dia (Gn 3:8-10). Desde aquele dia, quanto maior é a desobediência do homem a Deus, maior é seu medo.

A FUNÇÃO DO MEDO:
Existe um medo normal que nos é dado por Deus, e que funciona como defesa contra ameaças externas. Mas muitas pessoas possuem, além desse medo normal, uma ansiedade crônica, um temor difuso do amanhã, um medo de ficar doente, de ser castigado por Deus, enfim, são os temores obsessivos e as fobias. Quando o medo se torna uma ansiedade dominante e impede nossa eficácia, ele cessa de ser criador e se torna destrutivo.

O MEDO E AS FOBIAS
Temor natural: Preserva-nos
Temor referencial: Para com Deus. Preserva-nos do pecado.
Temor (medo) escravizador: Destrói-nos (Fobia). O medo é um elemento destruidor, ele destrói o corpo, a alma e o espírito. Jo 10:10
Diferença entre medo e preocupação:
Preocupação é causada por circunstância.
Medo não é uma coisa razoável. É impossível provar ao medroso que o que ele teme não vai acontecer. Ele dirá “eu sei, mas continuo com medo”. É impossível convencer os medrosos pela lógica. Eles só são influenciados pelos fatos.

AS CAUSAS DO MEDO
Existem, pelo menos, dez causas do medo:
Características de temperamento
Os temperamentos melancólico e fleumático são mais propensos aos sentimentos de medo, mas todos estão sujeitos a ele pois não são puros quando sangüíneos ou coléricos.
Experiências na infância
O amor e a compreensão junto com o ensinamento dos padrões bíblicos de vida, inclusive a submissão aos pais impedem o desenvolvimento de filhos medrosos. Entretanto, há certos hábitos dos pais que devem ser evitados:
Excesso de proteção
Pais excessivamente protetores tornam a criança egocêntrica e medrosa em relação às coisas que lhe acontecem e também em relação às que seus pais temem, pois elas aprendem rapidamente a conhecer nossas emoções.
A mãe que não deixa o filho jogar futebol porque ele pode quebrar um dente ou uma perna não sabe que é muito mais fácil curar uma perna quebrada do que curar as cicatrizes que o medo deixa em nossas emoções, o que só um milagre de Deus pode fazer.
Domínio sobre os filhos
Pais coléricos que dominam a vida de seus filhos ou que se aferram à crítica constante por uma falha, freqüentemente, criam insegurança, hesitação e medo nos filhos. Sempre deve-se seguir um elogio após uma crítica.
Quanto mais uma pessoa nos estima, tanto mais importante é procurarmos uma área em sua vida em que possamos mostrar aprovação. Mesmo na hora da correção, é preciso mostrar afeto aos filhos.
Uma experiência traumática
Experiências traumáticas, como um quase afogamento na infância, deixam marcas ocultas nas emoções das pessoas, que geralmente as acompanham a vida inteira.
Um padrão do pensamento negativo
Um indivíduo que mantém um padrão derrotista acha-se sempre incapaz de tentar algo novo e sugestiona-se todo tempo com o "não posso, não posso". Esse comportamento diminui a autoconfiança e gera o medo. Mas há uma solução para o cristão, que pode decorar Fl 4:13: Posso todas as coisas naquele que me fortalece.
Ira
A ira pode causar o receio quanto às próprias atitudes violentas.
O pecado provoca o medo
Se o nosso coração não nos repreende, podemos recorrer confiantes a Deus (1 Jo 3:21). Este princípio, que nos relembra de nosso relacionamento com Deus toda vez que pecamos, tem causado uma falsa interpretação em psiquiatras e psicólogos não cristãos, que acusam a pregação cristã de causadora de complexos de culpa. Mas a verdade é que o pecado gera o sentimento de culpa e não nossa relação com Deus, isto desde Adão e Eva.
A falta de fé
Há dois tipos de medo que a falta de fé gera mesmo em um cristão. Um deles é o medo de um pecado passado porque não crê que Deus tenha-lhe purificado de todo pecado (1 Jo 1:9). Outro tipo de medo causado pela falta de fé é o medo do futuro.
A preocupação com as dificuldades que possam surgir no futuro, ou mesmo no dia de amanhã, impede que vivamos plenamente a graça que Deus nos dá no dia de hoje. Como diz o salmista em Sl 118:24: Este é o dia que o Senhor criou; nele regozijaremos e seremos alegres.
O egoísmo - o motivo básico do medo
Por que tenho medo? Porque estou preocupado comigo.
Por que me sinto embaraçado diante de uma platéia? Porque tenho medo de fazer um papel feio.
Por que receio perder o emprego? Porque temo mostrar-me um fracassado diante de minha família ou da igreja.
Não seja uma tartaruga. Quando você se sente intimidado diante de um grupo de pessoas porque acha que estão todos olhando para você, esconde-se e evita participar de atividades em que você seja o foco das atrações, você é como a tartaruga que se esconde sob o casco, mostrando furtivamente a cabeça para se proteger. O seu casco é o egoísmo. Jogue-o fora e pense mais nos outros que em si mesmo.
Quem quer ser uma ostra? Se quisermos uma vida emocional plena, precisamos nos tomar vulneráveis, aprender a "dar a outra face", senão teremos de criar couraças emocionais até nos tomarmos uma ostra, completamente fechada, que não corre o menor risco de ser ferida.

O ALTO PREÇO DO MEDO
O preço emocional do medo
É grande o número de pacientes com problemas emocionais nos consultórios devido ao medo. E a maioria das coisas que os indivíduos temem jamais acontecem ou não tem a proporção que eles lhes dão.
O preço social do medo
As pessoas emocionalmente desequilibradas tendem a ser evitadas, o que agrava o seu desajuste emocional.
O preço físico do medo
Assim como a ira, a tensão emociona! causada pelo medo causa pressão alta, deficiência cardíaca, distúrbios digestivos e intestinais, artrite, dores de cabeça e outras.
Estados de tensão passageira, como quando temos de falar em público, provocam várias reações orgânicas como secura da boca, tremor, e esta é uma reação normal, se for passageira, mas um estado constante de tensão desse tipo passa a lesar o corpo
Deus deu capacidade à nossa glândula supra-renal para injetar adrenalina em nosso sistema circulatório em situações que exijam um esforço maior ou reflexo mais rápido. Porém esse excesso de adrenalina é eliminado rapidamente pelo corpo assim que o estado de tensão passar. Se, no entanto, esse estado se prolongar por horas devido a preocupações cotidianas, esse excesso pode ocasionar sedimentação de cálcio nas articulações, provocando artrites. Não é de estranhar que o Senhor Jesus tenha dito em seu sermão da montanha: "Não estejais preocupados relativamente á vossa vida, com o que haveis de comer ou beber, nem relativamente ao vosso corpo, com o que haveis de vestir..." (Mt 6:25). O Espírito Santo também nos diz: "Não vos ansieis por coisa alguma... (Fl 4:6).
Deus não nos fez com os ombros suficientemente largos para carregar todo o peso do mundo, nem mesmo os problemas de nossa família, mas o Senhor Jesus pode realizar muito mais que tudo que pedimos e imaginamos (Ef 3:20).
O preço espiritual do medo
O medo não permite que sejamos cristãos alegres, felizes, radiosos, pelo contrário, torna os cristãos ingratos, queixosos, até mesmo infiéis. Se Paulo e Silas tivessem se amedrontado quando presos, jamais teriam ouvido do carcereiro: Senhor, o que devo fazer para ser salvo? (At 16:30)
O medo impede que o cristão agrade a Deus. Sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11:6). O Capítulo 11 de Hebreus tem exemplos de homens e mulheres que agradaram a Deus porque não foram vencidos por suas fraquezas ingênitas, ou pelo medo ou pela ira, mas obedeceram a Deus pela fé.
É só considerarmos o temperamento destes quatro homens: Pedro, o sangüíneo, Paulo, o colérico, Moisés, o melancólico, e Abraão, o fleumático, para vermos que Deus não acata os indivíduos, mas torna suas fraquezas em força, por meio de Seu Espírito Santo, e o fará por você também.

PENSAMENTOS SOBRE O MEDO

“O medo mutila a escrita” - Salman Rushdie

“Eu não tenho medo de morte, eu apenas não quero estar lá quando acontecer.” - Woody Allen

“O medo é como areia na engrenagem. A fé é como o óleo. As coisas andam melhor se forem movidas à base da fé”

“Tenho mais medo de meu coração do que do papa e de todos seus cardeais.” - Martinho Lutero

CONCLUSÃO
O medo, como vimos, deve ser considerado um pecado e não desculpado como um padrão normal de comportamento. Estaremos livres dele, estando plenos do Espírito Santo.

BIBLIOGRAFIA TEMPERAMENTO CONTROLADO - PELO ESPÍRITO - Tim LaHaye