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O TRABALHO E ATRIBUTOS DO GANHADOR DE ALMA

 


O Trabalho e Atributos do Ganhador de Almas


Leitura Bíblica em Classe: Atos 8.26-40


1. Deus autenticou a mensagem de Felipe com milagres em Samaria (6, 7,13)
2. A atividade evangelística de Filipe não se restringiu a Samaria. Ele também foi escolhido para participar de outro avanço do evangelho além dos limites do povo judeu.
3. Talvez o contexto literário nos dê a indicação mais clara da sua importância. A conversão do etíope é colocada entre o trabalho de Filipe em Samaria (em que uma barreira racial é superada) e a conversão de Cornélio em Atos 10. De uma perspectiva literária podemos concluir que essas histórias constituíram passos na transição do avanço do evangelho dos judeus para os gentios.
4. Então Deus guiou Filipe para o sul, para um encontro com o superintendente do tesouro da Etiópia, que no seu turno levaria o Evangelho para o coração da África.
5. O Evangelho de Cristo ultrapassa todas as barreiras e fronteiras – geográficas, nacionais, culturais, linguísticas, religiosas e raciais.
INTRODUÇÃO
“O Evangelho descobre o verdadeiro caráter dos homens”
I. EVANGELISTA, GANHADOR DE ALMAS.
“Devemos evangelizar não porque seja agradável, fácil, ou porque podemos ter sucesso, mas porque Cristo nos chamou. Ele é o nosso Senhor. Não temos outra escolha senão obedecer” – Leighton Ford

1. Definição. O Evangelho é o coração do Novo Testamento, e os divulgadores do Evangelho têm importância crucial.
• A palavra “evangelista” provém do vocábulo grego euaggelistês, e significa aquele que traz boas-novas. Trata-se de um termo que, usado na Grécia Clássica, designava o que portava uma notícia agradável. A partir da fundação da Igreja de Cristo no Pentecoste, a palavra passou a designar aquele que proclama o evangelho. Filipe, foi o primeiro a receber esta designação.
• “O termo evangelista é aplicado àqueles missionários que, como Filipe e Timóteo, viajaram de um lugar para outro para divulgar as Boas Novas de Cristo a nações e pessoas não cristãs. Portanto, os apóstolos eram todos evangelistas, embora houvesse também evangelistas que não eram apóstolos” – Conybeare e Howson
2. O Evangelista no Antigo Testamento. Abraão por meio de um testemunho corajoso e monoteísta, mostrou aos cananeus a realidade do Único e Verdadeiro Deus. Isaías é considerado como “o evangelista do Antigo Testamento”. A história de Jonas é uma história missionária, assim comenta o Pastor Claudionor de Andrade: “O sermão de Jonas não parece teológico, nem profético. Isolado, é matemático, geográfico e meteorológico. Evoca um número, uma cidade, uma situação. Mas no contexto do juízo divino, é mais do que teológico e intensamente profético... Se Jonas saiu a evangelizar, Isaías evangelizou sem sair”
• Isaías 40.9: “Não temas”. Foi um homem destemido como João Batista que indicou o Messias: “Eis o Cordeiro de Deus!” (Jo 1.36); e outros pregadores das Boas Novas devem sempre indicar ao mundo: “Eis aí está o vosso Deus”.
• Isaías 52.7: Aqui as boas novas são o anúncio do retorno dos exilados, mas Paulo aplica este versículo aos mensageiros do evangelho (Rm 10.15)
3. O Evangelista no Novo Testamento (At 8.1-5)
• (At 8.4): Esta perseguição foi dirigida contra os crentes helênicos que como Estevão tiveram uma visão mais ampla do universalismo do evangelho que substituiria o judaísmo.
• Alguns resultados desta perseguição:
(1) Espalhou os crentes, e assim resultou na propagação do Evangelho.
(2) Separou os genuínos dos meramente interessados;
(3) Despertou os corações dosa verdadeiros crentes.
(4) Fortaleceu esses crentes no seu testemunho do Evangelho.

• Notemos o impulso espontâneo a que estes homens obedeceram: Regozijando-se em um Grande Salvador e Amigo; e vendo em redor os que necessitavam dele, pregam-lhe a Cristo. Este impulso resultava:
(1) De um interesse pessoal em Cristo, de uma experiência da sua graça salvadora.
(2) De uma compaixão por aqueles que carecem da bênção espiritual.
(3) De uma lealdade a Cristo, querendo obedecer ao seu mandato e proclamar a sua fama.

• Notemos a Obrigação Universal de Todos os Crentes de Anunciarem a Cristo. Estes homens não eram formados; não tinham salário: evangelizavam espontaneamente.

• Notemos a Simplicidade da mensagem que proclamavam. Falando da experiência própria. Anunciavam a Cristo como Salvador e Senhor.

• Notemos o Poderoso Ajudador que cooperava com eles: “a mão do Senhor estava com eles”. E nosso serviço, por mais humilde que seja, terá bom êxito com a sua bênção.

4. O Evangelista na Era da Igreja Cristã.
• João Wesley.
(1) Num tempo em que a Igreja havia caído de novo no formalismo, sem vida, ele pregava a doutrina do testemunho do Espírito Santo e de uma vida santa. Era leitor, na Igreja da Inglaterra, porém nunca lhe permitiam pregar suas doutrinas nas igrejas. Por isso, pregava nos campos, nas Zonas de mineração e esquinas de ruas.
(2) Organizou sociedade que pugnavam pela pureza de vida.
(3) Mudou inteiramente a tonalidade moral da Inglaterra.
• Daniel Berg.
(1) Missionário, evangelista, pastor e fundador das Assembleias de Deus no Brasil
(2) Como o evangelho era praticamente desconhecido no interior do Pará, Bérg, se tornou o pioneiro na evangelização na região. Evangelizou Bragança, Marajó, seguiu para Vitória (ES) para estabelecer a Assembleia de Deus naquela capital. Fundou a Assembleia de Deus em Santos, SP. Realizou a Obra Missionária em Portugal, Esteve em Santo André, SP.
(3) Mesmo em seus últimos dias de vida, Daniel Berg, não cessou de pregar a Palavra de Deus.
• Gunnar Vingren.
(1) Nasceu na Suécia.
(2) Em 1897, leu um artigo de uma revista acerca do sofrimento das tribos nativas no exterior. Lágrimas brotaram de seus olhos! O encargo surgiu no seu espírito.
(3) Gunnar experimentou o dom de evangelista na sua primeira missão como missionário na Província de Skane
(4) Gunnar foi influenciado pelo Avivamento Pentecostal.
(5) Ao lado de Daniel Berg fundou aqui no Brasil a Assembleia de Deus, no estado do Pará.
(6) Gunnar visitava as igrejas que Daniel ia plantando em todo o Brasil. “Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus” (1 Co 3.6)
• Bernhard Johnson
(1) Nasceu em Alameda, Califórnia EUA, 20/06/1931
(2) 1952: Inicia seu profícuo ministério, pastoreando duas igrejas no EUA.
(3) Em 1957, chegou ao Brasil, pastoreou igrejas no Sul de Minas Gerais, onde fundou a Convenção das Assembleias de Deus em Minas Gerais.
(4) Em 1964, recebendo uma chamada especial de Deus para o evangelismo em massa, fundou a “Cruzada Boas Novas”, posteriormente chamada “Cruzada Bernhard Johnson”. Esse trabalho resultou em 225 cruzadas evangelística no Brasil e em mais de 70 países.
(5) Em 1972 fundou o ICI, Instituto por Correspondência Internacional.
(6) Em 1973, foi co-fundador do Desafio Jovem do Brasil.
(7) Em 1976 através de uma visão especial de Deus, deu início ao arrojado projeto da EETAD, Escola de Educação Teológica da Assembleia de Deus.
(8) Em 1980, lançou um programa evangelístico na televisão brasileira.
(9) Pastor Bernhard Johnson, tendo sido chamado para a eternidade em 16/02/1995, deixou para o Brasil um legado inestimável de trabalho em favor do Reino de Deus, tanto na área de evangelismo, como nas áreas de ensino teológico e assistência social.
Fonte: EETAD

II. ATRIBUTOS DE UM EVANGELISTA
Dos sete que foram escolhidos para servir às mesas (6.5), um foi martirizado logo, e outro transformado em evangelista. Também a necessidade de servir às mesas desapareceu com a dispersão da igreja (8.1)
1. Ser Convertido. “E tu, quando te converteres, confirma teus irmãos” (Lc 22.32)
2. Ter Bom Testemunho. “Convém que tenha bom testemunho dos que estão de fora...” (1 Tm 3.7; 1Co 9.27;Pv 25.26) “purificai-vos, os que levais os vasos diante do Senhor” (Is 52.11) “sejam ganhos sem palavra” (1 Pe 3.1,2) “de sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso o para honra” (2 Tm 2.21)
• “Tenho observado que este homem que passa sempre por nós é um santo homem de Deus” (2Rs 4.9)
• “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo” (1 Co 4.1)
• “O povo tinha-os em grande estima” (At 5.13)
3. Viver Aquilo que Prega (Rm 2.21,22)
4. Atento.
5. Submisso ao Espírito Santo. Dificilmente se distingue o anjo (“mensageiro” no hebraico) do Espírito que falo a Filipe (8.29). Lucas deixa bem claro que o avanço da Igreja foi dirigido passo a passo pelo Espírito Santo.
6. Cortês. Educado, gentil.
7. Ser Crente de Oração. O ensino da Bíblia é que o crente deve orar sempre, sem nunca desfalecer (Lc 18.1). Paulo orava pelas almas (Rm 10.1). Quando oramos pelas almas, elas vêm ao nosso encontro, e seus corações ficam atentos às palavras que lhes anunciamos, e são salvas (At 16.13-15). Quando oramos, Deus nos dá uma visão das almas que precisam ser evangelizadas (At 10.10-20; 16.9). Orando, podemos interceder pelas almas perdidas (Gn 18.23-33) e, como resultado, almas serão salvas pelo Senhor (Gn 19.29)

“A oração é uma arte que só o Espírito Santo pode nos ensinar” – Charles Spurgeon
“Ame o mundo por meio da oração. A oração é a oportunidade de transformar minutos e horas em recompensas eternas” Wesley L. Duewel

“A oração é a principal obra do ministério. A oração testa a nossa espiritualidade” Martyn Lloyd- Jones

“O braço da oração é o serviço” – William A. Ward

“A grande tragédia da vida não são as orações não respondidas, mas as que não foram feitas” – F. B. Meyer

8. Amor às Almas. “Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns” (1 Co 9.21)
9. Conhecimento da Palavra de Deus. “Do que há em abundância no coração, disso fala a boca” (Mt 12.34). “A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos” (Rm 10.8) “Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá... ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos. Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem,” (1 Tm 4.13-16)
10. Obediência: Agora vemos Filipe, chamado pelo Senhor, deixar um centro movimentado, onde está experimentando grandes bênçãos para ir a um lugar deserto, a fim de evangelizar um único homem.

• “Gaza” (8.26): Antigamente, uma das cinco cidades dos filisteus.
• “se acha deserta” (8.26): Frase que distingue a velha cidade destruída por Alexandre Janeu em 93 a.C, da nova, a 4km, edificada à beira-mar em 57 a.C.
11. Experiência com Deus. “Nós dizemos o que sabemos e testificamos o que vimos” (1 Jo 3.11) Ler At 22.15; 1 Jo 1.1,3). “Achamos o Messias” (Jo 1.41) Você encontrou a Cristo? Teve uma experiência real com Ele? Tem convicção de sua salvação?
12. Espiritualidade Plena.
13. Sabedoria. “O que ganha almas sábio é” (Pv 11.30) “A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria!” (Pv 4.7) “Os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas sempre e eternamente” (Dn 12.3)
14. Ter Compaixão pelas Almas: “Viu-o e moveu-se de compaixão” (Lc 10.33) O homem que anda com Deus sentirá direção na busca de almas, nas visitações, no trabalho social, em missões e em todas as demais atividades relacionadas com o Reino de Deus.
15. A Trajetória Final de Filipe:
• Azoto (8.40): É a velha cidade filisteia de Asdode no Antigo Testamento, à 32 quilômetros ao norte de Gaza.
• Cesaréia: Construída por Herodes o Grande, capital romana da Palestina. Encontramos Filipe aqui e quando aparece novamente na história de Atos (21.8). Filipe aparentemente se estabeleceu nessa cidade portuária com a sua família.

III. O TRABALHO DE UM EVANGELISTA
“A evangelização é uma tarefa sempre perigosa, embora não seja tão perigosa como a falta de evangelização” – Evangelista George Sweazey

1. O Preparo do Evangelista:
(1) Bíblico-Teológico: Antes mesmo de converter-se Paulo já era um erudito nas Sagradas Escrituras (At 22.3) é claro que, antes estava mais preso à letra do que ao espírito do texto sagrado. Era mais erudito que teólogo; mais acadêmico que espiritual. O seu aprendizado, porém, não foi inútil. Paulo é o escritor mais profícuo do Novo Testamento, escrevendo quase a metade do Novo Testamento, e tendo uma influência inegável na composição do Evangelho de Lucas, do Livro de Atos dos Apóstolos e em algumas epístolas.
(2) Hermenêutico-Homilético: Paulo expôs o evangelho com rara maestria e profundidade, trazendo o Antigo Testamento ao Novo, veio a produzir a epístola mais teológica da Igreja Cristã. Afinal tinha o alicerce hermenêutico necessário para mostrar, à luz da Lei, e dos Profetas e dos Escritos, o messiado de Jesus Cristo e a sua obra vicária no Calvário. A missão do evangelista requer teologia, hermenêutica e homilética. “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 Tm 2.15)

(3) Cultura e linguístico. Paulo, podia transitar com desenvoltura por três culturas distintas: a hebraica, a grega e a latina (At 21.37; 22,2). O preparo cultural do evangelista contempla dois campos interligados: a informação acerca de outros povos e a habilidade linguística para se falar a todos, em todo o tempo e lugar, por todos os meios possíveis.

1- Definição de Termos relacionados à Cultura:
• Antropologia: “é o corpo de disciplinas que se consagram ao estudo dos grupos humanos sob o prima dos tipos físicos e biológicos e sob o prisma das formas de civilização sem escrita atualmente existentes... É a ciência do homem tomado na totalidade de suas manifestações e dimensões”.
• Cultura: É o conjunto dos conhecimentos de alguém; instrução.
• Costumes: Geralmente, são práticas observadas e transmitidas de geração em geração. Os costumes podem sofrer alterações através dos tempos.
• Aculturação. É “o conjunto dos fenômenos que resultam da circunstâncias de certos grupos de indivíduos de culturas diferentes entrarem em contato contínuo e de primeira mão com as mudanças que surgem nos modelos culturais originais de um de ambos os grupos. Aqui se verifica a perda da cultura original.
• Enculturação. Relaciona-se com o recebimento ou assimilação de uma outra cultura. É assumir valores culturais alheios aos que são familiares. Aqui se verifica a assimilação de uma outra cultura.
• Choque cultural: É o distúrbio emocional resultante do ajustamento a um novo ambiente cultural.
• Povo. É a unidade cultural tradicional, ou grupos de indivíduos, delimitada principalmente pela língua.

2. Proclamação.
(1) Quando Pregar.
1) Agora (2Co 6.2; Hb 3.15)
2) A tempo e fora de tempo (2 Tm 4.2)
3) Quer ouçam quer deixem de ouvir. Quando da pregação da Palavra, teremos as mais diversas atitudes dos que nos ouvem:
• Uns ficarão irritados (At 7.54,56)
• Taparão os ouvidos (At 7.57)
• Alguns escarnecerão e deixarão a decisão para um outro dia (At 17.32; 24.25)
• Outros nos terão por loucos (At 26.24)
• Mas alguns crerão (At 17.34)

(2) O que Pregar. Deve o evangelista aprofundar-se no conhecimento de Deus e de sua Palavra: “porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus” (At 20.26,27). O evangelista embora proclame uma mensagem simples e direta não há de conformar-se com uma teologia rasa. Sua mensagem, portanto será simples, mas jamais simplória. Deverá ele conciliar em suas pregações, simplicidade e profundidade.

3. Fortalecer a Igreja: O evangelho não deve ser pregado apenas ao mundo. Às vezes, temos de anuncia-lo também à Igreja “estou pronto para também vos anunciar o evangelho, a vós que estais em Roma” (Rm 1.15). Hoje, mais do que ontem, os evangélicos carecem de fundamentos doutrinários. O que mais se ouve em muitos púlpitos são aberrações doutrinárias, modismos teológicos, vícios e maneirismos homiléticos. São modas lançadas por “Grandes Conferencistas” imitadas pelos “pequenos aspirantes a estrelas dos Grandes Eventos Gospel”.

4. Fazer Teologia: O evangelista, à semelhança do apóstolo, também foi constituído a fazer teologia. O evangelista é o teólogo ambulante, cuja missão é proclamar o evangelho completo de Cristo. Isso significa fazer a mais alta, a mais profunda e a mais bela teologia, pois a mensagem da cruz possui todas essas características.

5. Apologia da Fé Cristã.

“Estai sempre preparados para responder a todo o que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (1 Pe 3.15)

“Lutai pela fé entregue aos santos de uma vez por todas” (Jd 3)

“Como tenho por justo sentir isto de vós todos, porque vos retenho em meu coração, pois todos vós, fostes participantes da minha graça, tanto nas minhas prisões como também na minha defesa e confirmação do evangelho” (Fp 1.7)

(1) Definição.
• Termo no Inglês. É apologize, que significa “dar desculpas”. Na realidade não se trata de dar desculpas ou pretexto para nossa fé, pelo contrário, o termo diz respeito à explicação ou defesa lógica e sistemática do cristianismo.
• Conceito Teológico: [Do gr. apologia, defesa]. Discurso, ou tratado, em defesa de alguma coisa, principalmente de caráter religioso. Constituindo-se numa subdivisão da teologia, exige-se da apologia cristã que seja argumentativa, lógica e sistemática. Sua missão: sair a campo para resguardar a integridade das verdades referentes a Deus e à fé.

(2) Objetivo da Apologética. O objetivo da apologética é tornar a fé cristã convincente para o homem contemporâneo. A apologética alimenta a fé cristã chamando os crentes a amar seu Senhor com a mente (Mt 22.37).

(3) Disciplinas da Apologética:

• Metapologética: Se dedica aos fundamentos epistemológicos do fazer apologético, principalmente no que diz respeito ao descrente (teologia natural, fé e razão, pontos em comum)
• Teodicéia: Procura responder à objeção baseada em evidências de um Deus Todo-Poderoso e pleno de bondade que parece permitir o mal gratuito.
• A Evidência: É o componente factual da apologética que apela:
1) Aos efeitos morais do Cristianismo.
2) À Coerência e à unidade dos Testamentos.
3) Às profecias cumpridas da Escritura.
4) Aos milagres da Bíblia em geral (At 2.22)
5) Ao milagre da ressurreição de Cristo em particular (1 Co 15.6)
6) Ao motivo inexplicável e à dissonância ética que seriam criados caso a fé da igreja do Novo Testamento tivesse sido criada sobre uma mentira consciente; e
7) À sobrevivência da igreja cristã as perseguições.

(4) A Apologética e a Evangelização:
Em sua primeira epístola, exorta-nos Pedro a estarmos sempre preparados para apresentar aos incrédulos a razão da nossa fé (1 Pe 3.15). Se definirmos a apologia cristã de maneira ampla, veremos que ela jamais esteve separada da evangelização. Afinal, como diz Salomão: quem ganha almas sábio é: prima pela apologia da fé que uma vez por todas foi entregue aos santos.

(5) Algumas Questões da Apologética Cristã.

• A Existência de Deus.
• Deus como o Criador do Universo e do Homem.
• O Problema do Mal.
• Ética Cristã.
• A Historicidade de Jesus.
• A Divindade de Jesus.
• A Veracidade da Ressurreição Física de Jesus Cristo.
• A Inerrância da Bíblia.
• A Realidade e Possibilidade dos Milagres de Deus na História Bíblica e Atual.
• A Autenticidade e Legitimidade da Bíblia, como um livro histórico e teologicamente correto.
• A Singularidade e Superioridade do Cristianismo Bíblico, em nítido contraste com outros sistemas religiosos.

6. Integração do Novo Convertido.
1. Discipulado. O objetivo principal do discipulado é formar autênticos seguidores de Cristo. “Se, num primeiro momento, o evangelista é o amoroso obstetra, no seguinte, ele haverá de ser o pediatra atento à evolução do convertido” – Claudionor de Andrade
(1) O Eunuco:
• A palavra “eunuco” geralmente significa “homem castrado”, mas pode ter também o simples sentido de oficial do palácio real. Era comum utilizar eunucos como oficiais nos governos orientais.

• Os eunucos não podiam entrar no Templo para adorar (Dt 23.1). Apesar de Isaías 56.3-5 ter atenuado um pouco a lei, dizendo que os eunucos eram beneficiários do amor de Deus. Deus sabia que esse estrangeiro estava pronto para receber a boa notícia a respeito de Jesus.
1) Quem era o Eunuco:
1- O Eunuco:
• Podemos pensar que este etíope, vindo da Abissínia, era de descendência israelita, e que fizera a peregrinação a Jerusalém a fim de satisfazer os seus anseios espirituais.
• Ou ele era um prosélito.
• Alguns estudiosos acham que ele era da antiga Núbia, ao Sul da Assuã. A história mostra até onde o evangelho estava se espalhando.
• Candace: Era título hereditário das rainhas etíopes (8.27). O título da rainha-mãe que governava o país no lugar do filho. O próprio rei, divinizado como filho do deus sol, era considerado santo demais para exercer as funções profanas de governar o povo.
• Ele era o tesoureiro do antigo reino de Cuxe, no Norte do Sudão.
• Irineu (180 d.C) diz que ele se tornou em missionário entre os etíopes.

2- Tipos de Eunuco:
2) No Eunuco vemos (Mateus 19.12):
1- Um homem que não está satisfeito, apesar de gozar posição, poder e posse.
2- Um pesquisador, diligente, capaz de aprender e finalmente.
• “Lendo” (8.28): Em voz alta, que era prática comum na antiguidade.
• A citação de Isaías é do texto grego (a Septuaginta), que se difere um pouco do texto hebraico (massorético), no qual se baseiam nossas traduções. A passagem profética de Isaías 52. 13 – 53.12 é quase incompreensível para os que desconhecem a história de Cristo. Os judeus gradativamente abandonaram a interpretação messiânica, atribuindo essa profecia ao povo de Israel no sofrimento e sua futura exaltação.
3- Um homem convertido, crente, confessando, regozijando-se.
• Sua Confissão (8.37): Este versículo não consta, nos melhores manuscritos. Preserva, no entanto, uma liturgia muito antiga e uma fórmula de credo dos primeiros tempos.
• Batismo: No livro de Atos o batismo não demora. É prova pública da aceitação do evangelho.
• Sua Alegria: “cheio de gozo” (8.39): Indica a presença do Espírito Santo.
4- Um homem que chegou tarde de mais para ver Cristo em carne, mas não para ouvir o evangelho.

(2) Discipulado:
1) Definição – Discípulo: É o que se coloca sob a tutela de um mestre a fim de aprender uma arte ou ofício, ou para enfronhar-se nos arcanos de um ministério bíblico. No Antigo Testamento, o discipulado estava restrito praticamente ao ministério profético. Haja vista as afamadas escolas de profetas dirigidas por Elias e Eliseu. Na época de Elias e Eliseu, as escolas de profetas erguiam-se como bastiões contra a Casa de Israel. Naqueles seminários, a Lei era estudada: a esperança messiânica, acalentada; o amor a Jeová, elevado ao patamar mais alto da alma humana. A grande Comissão pressupõe um discipulado permanente na Igreja de Cristo.

2) Características de Um Discípulo – Um discípulo de Cristo é uma pessoa:
• Que vive uma vida de consciência e constante identificação com Cristo.
• Que compreende absolutamente o direito de Cristo sobre sua vida.
• Que abraça vivamente a salvação de Cristo.
• Que se deleita no domínio de Cristo.
• Que vive das fontes permanentes de Cristo.
• De acordo com o padrão e o propósito de Cristo já gravados na mente.
• Com o objetivo de glorificar seu Senhor e Salvador.

2. O Cuidado que o Ganhador de Almas Deve Ter com os Novos Convertidos.
(1) Aspectos Negativos.
1) Não podemos abandonar (Jó 39.13-15), mas regar a semente brotada (1 Co 3.6)
2) Não somente orar com o novo convertido, mas deixar que expresse seu próprio coração diante de Deus (At 9.11; 15.18)
(2) Aspectos Positivos:
1) Aconselhar no sentido de obter uma verdadeira convicção e arrependimento (Jr 17.9; Jo 3.36; 1 Jo 1.7-9)
2) Posteriores perguntas podem ser feitas após a oração para conhecer a posição do novo convertido (At 22.16)
3) Ajudar o novo convertido a andar no caminho do Senhor (Sl 115.8; 119.105; Jó 31,32; 15.1-7;1Jo 1.7-9)
4) Instruir o novo convertido a ler a Bíblia (2 Tm 3.13-17; At 17.11; 20.32;1Pe 2.2)
5) Instruir o novo convertido a não se ausentar do culto (Hb 10.25; At 2.42; Rm 11.7), a não se ausentar as Ceia do Senhor (1 Co 11.23-34; 10.16)
6) Apresentar o novo convertido aos irmãos, na igreja, e ao pastor (At 9.13,21; 25.29)
7) Enfatizar ao novo convertido a necessidade de falar de Cristo a outros (Mt 10.32,33; Rm 10.9,10)
8) Falar sobre o batismo nas águas (Mc 16.16; Mt 28.19) e sobre o batismo com o Espírito Santo (At 2.39; Ef 1.13)
9) Colocar nas mãos do novo convertido literatura saudável. Avisá-lo dos perigos das seitas heréticas (2 Pe 2.1-3; 1 Tm 4.1-3; 2 Tm 3.1-9; Cl 2.18-23)
10) Fazer um acompanhamento constante, de modo a reconhecer que o novo convertido realmente está firme na Rocha, que é Cristo (Jo 5.1-9, 14,15)

BIBLIOGRAFIA
Manual do Evangelismo – Valdir N. Bícego CPAD
Manual Bíblico H.H.Halley – Vida Nova
Bíblia Explicada – S. E McNair CPAD
Bíblia Shedd –Vida Nova
Bíblia Anotada – Mundo Cristão
Manual Bíblico SBB
Enciclopédia – Estudos de Teologia
Manual Bíblico – Vida Nova
O Desafio da Evangelização – Claudionor de Andrade CPAD

Wilson de Jesus Alves
http://wilsonalves.comunidades.net