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A EVANGELIZAÇÃO URBANA E SUAS ESTRATÉGIAS

Lições Bíblicas CPAD

Lição 5

31 de Julho de 2016

A Evangelização Urbana e Suas Estratégias

“porquanto eu estou contigo, e ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade” (At 18.10).
“Bendito serás tu na cidade e bendito serás no campo” (Dt 28.3)
Leitura Bíblica em Classe: Atos 2.1-12
INTRODUÇÃO
Um aspecto importante da vida eclesiástica tem a ver com o processo de urbanização do mundo, uma realidade desafiadora que exige pronta e contínua resposta da igreja como agente do Reino de Deus na Terra.
Mais de 40% da população mundial vive em cidades. Mais da metade deste número vive em cidades com população acima de meio milhão.
O crescimento populacional é maior nas cidades em que a pobreza impera.
Essas cidades possuem seus próprios “mundos”. Isto é, cada uma é formada por diversas culturas e peculiaridades.
1. O que é Estratégia.
• “Estratégia é ciência que ensina a organizar o plano das operações” – Moderno Dicionário da Língua Portuguesa.

2. Definição de Estratégia Missionária:
• A estratégia missionária é o meio para se atingir alvos preestabelecidos na evangelização dos povos. Tem por objetivos descobrir a vontade de Deus, ou melhor, seu plano específico para alcançarmos determinado povo.

• Estratégia é “... Uma tentativa de antecipar o futuro... é nossa declaração de fé acerca do que acreditamos que o futuro deva ser e de como devemos proceder para alcançá-lo” – Dayton e Fraser

• “estratégia de missões é o método utilizado pelo missionário, objetivando anunciar com eficácia o Evangelho a determinado povo”

3. O Objetivo: Nosso Deus é organizado! Não faz nada ao acaso, pelo contrário, seu plano eterno foi estabelecido com muita objetividade. Através de seu Filho, escolheu discípulos com o objetivo de anunciar entre as nações a sua glória. “O primeiro e supremo objetivo da missão é a glorificação do nome do único Deus em toda a terra e a proclamação do senhorio de Jesus Cristo, seu Filho” – Peter Beyerhaus

4. Porque a Igreja deve se Envolver com O Evangelismo Urbano: O fluxo migratório constante dos países pobres para os países mais desenvolvidos e do interior para os grandes centros, em busca de melhores oportunidades, aliado a outros fatores da vida pós-moderna, indica com segurança que nos próximos anos a maior parte da população do planeta estará vivendo nas grandes cidades, transformadas em metrópoles e megalópoles.

5. Métodos Evangelísticos.
“cada povo está, de alguma forma, preparado para receber o Evangelho, bastando aos missionários aplicarem métodos adequados à situação de cada um” – Don Richardson

(1) Métodos Bíblicos:
• O Método de Cristo: Como Cristo consegui a nossa redenção? Fez-se menor que os anjos, tomando a forma de homens, para identificar-se com este e alcança-lo. Em sua identificação, usou uma linguagem que os homens conheciam; falou de agricultura para os agricultores; da água da vida para a samaritana; de pesca para os pescadores; da lei para os doutores da lei; De posse do ponto de contato para obter a atenção dos seus ouvintes, Cristo começou a falar-lhes verdades espirituais.
• O Método da Igreja Primitiva: A Igreja primitiva não escapou à necessidade de usar uma metodologia, uma estratégia missionária. Por exemplo, no Concílio de Jerusalém ficou estabelecido que não se exigiria deles os usos e costumes judaicos.

• O Método de Paulo: Os livros de Atos e Romanos revelam que o método de Paulo era chegar em uma cidade onde ainda não havia sido pregado o Evangelho e procurar primeiro uma sinagoga para expô-lo.

(2) Métodos Específicos:
• Método direto (At 8.30-35; Mt 16.13,15)
• Método indireto (At 3.1-26; 17.15-34)
• Método da literatura (Jo 20.31)
• Métodos diversos (Jo 3.1-21)

I. UM CONCEITO DE CIDADE

Simônides de Céos (556-468 a.C) afirmou que a cidade é a grande mestra do ser humano. A natureza agregaria da alma humana prende-nos ao espírito urbano. Logo não podemos fugir à cidade. Segundo Aristóteles (384-322) o homem é um animal político. “Zoon politikon” (animal político) denota o instituo gregário do ser humano.

1. Definição – O Que é Cidade.
• Cidade vem de “Pólis” no grego.
• A palavra “cidade” no latim é “civitas”, que significava “condição de cidadão”, desta palavra se origina também “civismo” e “civilidade”.
• Cidade é uma área densamente povoada onde se agrupam zonas residenciais, comerciais e industriais. O significado de cidade (zona urbana, ambiente urbano) opõem-se ao de campo (zona rural). Cidade é a sede do município (cada divisão administrativa autônoma dentro de um estado) a área onde existe concentrações de habitantes.

2. O Uso do Termo Cidade:
• Cidade Histórica. É uma parte preservada da cidade onde se concentram os edifícios e monumentos mais antigos.
• Cidade Universitária. É o conjunto de prédios destinados ao estudo, esporte e lazer, residência e outros serviços para os estudantes.
• Cidade Digital. Significa a implantação de recursos tecnológicos diversos, como por exemplo, internet sem fio distribuída gratuitamente em diversos pontos da cidade, para promover o desenvolvimento social e econômico de uma comunidade.

3. Termos Relacionados.
• Aldeia: “Pequena aglomeração de casas”
• Povoado: Vem de povoar, povo, tem o mesmo sentido de aldeia.
• Arraial: Designa um lugar muito pequeno. É uma palavra de origem árabe, cujo significado é “rebanho”.
• Vila: É um conjunto urbano maior do que a aldeia, mas menor do que uma cidade. Vem do latim “villa” e significa “casa de campo, casa grande”.
• Município: Do latim “municipium” significa “pessoa de uma cidade livre”. No Brasil designa uma divisão do Estado.
• Urbano: tem origem no latim “urbanus” que significa “pertencente à cidade”. Urbano é tudo aquilo que está relacionado com a vida na cidade.
• País: vem do latim “Pagus” significa “distrito rural”.
• Distrito: Districtus, “área de jurisdição”.
• Território: No Brasil designa uma região que é administrada pela União, sem constituir um Estado.
• Continente. Do latim “continere” significa “manter unido, abarcar, conservar”.
Fonte: Etimologia Maternal

4. Cidades da Bíblia.
(1) Tipos de Cidades mencionadas na Bíblia:
• Cidade da Antigüidade (Gn 4.17; 10.10-12).
• Cidades Reais (Js 10.2; 1 Sm 27.5).
• Cidades Armazéns (Gn 41.48; 1 Rs 9.19).
• Cidades de Mercadores (Ez 17.4; 27.3; Ap 18.3).
• Cidades de refúgio (Nm 35.6-34)
• Cidade de Deus (Sl 46.4; 48.1; Hb 11.10).

(2) Algumas Cidades Importantes na Bíblia.
• Enoque: Quando Caim foi expulso por Deus, veio a fixar-se na região, que mais tarde veio a ser conhecida como “Node” (Node hb. “Exílio”), onde constrói a primeira cidade humana. Com o avanço da cidade de Enoque, chegam a intolerância e a violência (Gn 4.19-24)
• Babel: Representa a “Confusão”, um centro de idolatria e rebelião contra Deus. O juízo do Senhor em forma de confissão das línguas e consequentemente a interrupção da construção de torre de Babel, é um lembrete, de quão inútil é o homem se rebelar contra a Palavra de Deus.
• Jericó: Era uma cidade estratégica. Josué teve que seguir o plano divino para alcançar êxito na conquista de Jericó. Do mesmo modo a igreja deve seguir o plano de Deus (a Bíblia) para conseguir cumprir a sua missão de evangelizar o mundo.
• Jerusalém. Deveria ser o ponto de partida para a evangelização mundial (At 1.8) Jerusalém pode representar:
1) A casa onde reside: evangelização de familiares.
2) A rua onde mora: evangelização de vizinhos.
3) O transporte que utiliza: evangelização de passageiros.
4) O local onde trabalha: evangelização de companheiros.
5) A escola onde estuda: evangelização de colegas.
6) O local onde faz suas compras: evangelização de conhecidos.
7) O templo onde congrega: evangelização de visitantes.
8) As visitas que faz: evangelização de parentes, colegas, etc.

• Antioquia: É a mãe da obra missionária entre os gentios. Foi lá que os discípulos pela primeira vez foram chamados de “cristãos”. Dizem que foi lá que o Evangelho de Mateus originalmente foi escrito. Alguns estudiosos dizem que Lucas veio de Antioquia. Foi lá que Paulo foi ordenado como missionário, tornando-se a sua base, donde partiu em suas três viagens missionárias.
• Filipos. Foi a primeira cidade na Europa a receber o evangelho (At 16.9-10)

(3) Algumas Cidades Importantes no Cristianismo:
• Jerusalém – berço do Cristianismo.
• Antioquia da Síria – centro de onde o império romano foi cristianizado.
• Éfeso, Corinto e Roma – principais centros do cristianismo, no primeiro século.
• Alexandria – no 3º Século, tornou-se sede intelectual da cristandade. Terra natal de Orígenes.
• Lião – residência de Irineu. Centro do Cristianismo Gaulês.
• Cesaréia – residência de Eusébio, Pai da História Eclesiástica.
• Cartago – cidade de Tertuliano e Cipriano.
• Hipona – cidade de Agostinho, famoso teólogo.
• Praga – cidade de João Huss.
• Florença – onde Savonarola foi queimado.
• Constança – concílio que ordenou a morte de Huss na fogueira.
• Wittemberg – residência de Lutero, libertador da Europa.
• Worms – famosa Dieta, onde Lutero foi julgado.
• Genebra – residência de Calvino: um centro da Reforma.
• Trento – Concílio Papal, para deter a Reforma.
• Belém do Pará – Foi o ponto de partida para os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren em sua missão no Brasil. O berço do Movimento Pentecostal no Brasil.

II. ESTRATÉGIAS URBANAS DE EVANGELISMO

1. A Estratégia Urbana de Paulo. Para se conhecer como a igreja pode desempenhar bem o seu papel como comunidade terapêutica na urbe pós-moderna, nada melhor do que descobrir a metodologia empregada pelo apóstolo Paulo em suas viagens missionárias.

(1) Ele procurava instalar-se nos grandes centros, onde a mensagem seria mais bem repercutida para então irradiar-se pelas regiões adjacentes (At 13.4-6, 13, 14).
• Obediente ao plano divino de universalizar o evangelho mediante a transição da igreja para o mundo gentílico, o apóstolo usou a mesma estratégia quando transpôs os limites da Ásia e alcançou as fronteiras europeias através da Macedônia, atual norte da Grécia (At 16.11,12).
• Cidades Estratégicas Utilizadas por Paulo na Evangelização: Filipos, Tessalônica, Beréia, Atenas (At 171,15) Acaia, Corinto.

(2) O apóstolo Paulo sabia utilizar-se, também, de estratégias adequadas para cada realidade. O seu próprio perfil é o testemunho de que Deus escolhera a pessoa certa para aquelas circunstâncias. Nascido em Tarso, uma das principais cidades do império romano, pertencia a uma família judaica e cresceu sob a influência da cultura helênica, o qual lhe dava mobilidade para transitar entre as fronteiras da época.
• Em Filipos, sua primeira iniciativa foi buscar um lugar para a oração, fora da cidade, pôde falar às mulheres ali reunidas (At 16.13,14), entre as quais Lídia, empresária bem sucedida no ramo de púrpura. Não foi por acaso que as primeiras pessoas a ouvirem o evangelho na Europa tenham sido as mulheres. Elas são, por naturezas mais sensíveis e sempre mais dispostas a lutar pelas causas que assumem.
• Em Atenas, famosa pelos grandes embates filósofos, as artes e os deuses da mitologia grega, Paulo utilizou como ponto de contato a sua religiosidade para apresentar aos atenienses a mensagem sobre o Deus desconhecido, com resultados imediatos (At 17.15-34)

(3) O apóstolo estava consciente da batalha no plano espiritual em relação às cidades (Ef 6.1-20): Em Filipos, a artimanha de satanás foi tentar envolver Paulo com elogios ardilosos para manter a credibilidade demoníaca intacta (At 16.13, 16-18)

(4) Um Resumo da Estratégia de Paulo: O apóstolo Paulo, grande estrategista de missões, conseguiu excelentes resultados. David J. Hesselgrave definiu a sua estratégia como “ciclo paulino”, partindo dos seguintes passos:

1) Os missionários comissionados;
2) O auditório contatado;
3) O Evangelho comunicado;
4) Os ouvintes convertidos;
5) Os crentes congregados;
6) A fé confirmada;
7) Os líderes consagrados;
8) Os crentes recomendados;
9) Os relacionamentos continuados;
10) As igrejas missionárias convocadas.

2. As Estratégias de Igreja para o Mundo Urbano. A Igreja consciente de suas responsabilidades e capacitada pelo poder do Espírito Santo há de estar pronta para ser obediente à visão de Deus e transpor todas as barreiras para ser relevante com a mensagem do Evangelho. Visão multiministerial significa diversidade de ministérios atuantes na igreja local para alcançar todos os segmentos sociais. Das crianças ao mais idoso, todos precisam ser mobilizados em todas as frentes – menores carentes, drogados, prostitutas, terceira idade, empresários, profissionais liberais, etc. – a fim de que se cumpra através da igreja o ministério da reconciliação (2 Co 5.18)

III. OS DESAFIOS DA EVANGELIZAÇÃO URBANA

1. Há pelo menos 4  tipos de desafios no que se refere à Missão da Igreja:
(1) O Desafio Religioso:
1) Entre os cristãos:
• Os Católicos: Mais da metade dos cristãos são católicos.
• Os Protestantes: Há muitos cristãos “nominais”, eles também precisam ser evangelizados. Porque quem está “Quase salvo, ainda assim está espiritualmente perdido”. Há uma decadência moral, teológica, ministerial e espiritual nas igrejas. E isto não deve ser ignorado. Um avivamento que não priorize o retorno às verdades bíblicas e teológicas, não é digno de ser assim nomeado, muito menos referenciado! Wilson de Jesus Alves
2) Entre os religiosos: Muçulmanos, Hinduístas, Budistas,
3) Entre os sem-religiões: São mais de 850 milhões de pessoas sem religião que desafiam a Igreja do Senhor.
4) Entre os ateus, materialistas e secularistas: O conhecimento humano, científico e filosófico está afastando milhares de homens do interesse de conhecer o Criador. “O Velho Continente” está sucumbindo diante do materialismo ateísta, sendo hoje um grande campo missionário.
5) Entre os judeus: De todas as religiões do mundo, o judaísmo é a que mais se assemelha ao Cristianismo. Apesar de Deus ter um propósito especial para essa nação, a Igreja do Senhor não pode olvidar da tarefa de conquistá-la para Jesus.
6) Entre os Não-Cristãos.
(2) O Desafio Rural: Mais da metade da população mundial vive em zonas rurais, onde estradas e meios de comunicação são escassos ou até inexistentes e onde se encontram muitas situações precárias. No Brasil há mais de 200 tribos indígenas que precisam ser alcançadas.
(3) O Desafio Antropológico: Cada povo possui regras e práticas étnicas peculiares. A isto chamamos cultura. A cultura de um povo pode ser a porta de entrada ou de saída para o evangelho.
(4) O Desafio da “Janela 10/40”: A janela 10/40 é uma terminologia atualmente em voga, que indica o grupo da população mundial que vive em uma janela retangular entre paralelos 10 e 40 ao norte do Equador. É um território que se estende desde o Norte da África, passando pelo Médio Oriente até a Ásia. Nessa Janela está concentrada a maior parte dos povos não alcançados do mundo. É onde se encontram os três maiores grupos religiosos não-cristãos do mundo: muçulmanos, os budistas e hindus. São cerca de 67 países, onde temos mais de 95% dos povos menos evangelizados.

2. O Desafio Moderno da Urbanização: A crescente urbanização do mundo, como o inchamento das grandes cidades, metrópoles e megalópoles, como é o caso do Rio de janeiro, São Paulo, Cidade do México, Tóquio e outras do mesmo porte, geram desafios que devem ser encarados com tenacidade.

(1) A Diversificação Cultural: Assim como Paulo era de origem judaica, nasceu em Tarso e sofreu a influência helênica, esta era também a característica cultural do império Romano. O latim era o idioma oficial, mas o grego predomina em suas fronteiras entre povos de raízes culturais bem distintas. De igual modo, os centros urbanos, hoje, não são culturalmente homogêneos. Há uma diversidade enorme de “tribos”, termo preferido pela juventude pós-moderna, culturas e tradições.

(2) Falta de Oportunidades Sociais: Pois a grande maioria não consegue chegar à base da pirâmide social e acaba vivendo à margem do processo, nos subempregos, entregue às drogas, à mendicância, à prostituição, ao banditismo no Brasil.

(3) O Materialismo: É, também uma característica da urbe: Se, de um lado, a luta pela sobrevivência leva os mais pobres a pensar no quer comer, isto é, sem qualquer tempo para assuntos espirituais, por outro, os endinheirados agem como o rico da parábola: os bens materiais lhes bastam (Lc 12.16-21)

(4) Novas Tendências Sociais: Que alteram valores sagrados para a saúde moral da sociedade. Com a proliferação do divórcio, o conceito de família, hoje na sociedade distanciada de Deus, não é o mesmo da Bíblia. Isto sem falar na incidência de outras circunstâncias como a secularização, a defesa do aborto, o homossexualismo, o relacionamento sexual livre entre os jovens, sem o compromisso do matrimônio, e outras situações que tornam os defensores dos padrões bíblicos aparentemente antiquados e ultrapassados.

(5) O Avanço das Seitas: Se constitui na outra face do desafio da vida urbana. Elas apareceram na época de Paulo (2 Tm 2.14-19; 3.6-9) e nos anos subsequentes do Cristianismo, mas em nenhum outro tempo da história tiveram expansão considerável como nos dias atuais.

(6) A Solidão Cósmica: Apesar da multidão que o cerca, e da imensa selva de pedra na qual vive, o massacre constante dos turbilhões de problema da grande cidade torna o indivíduo extremamente só, deprimido e perdido no cosmo.

(7) Incredulidade e Perseguição – Tipos de Perseguições. Se formos perseguidos, não desistamos. Jesus também o foi em sua própria cidade (Lc 4.28-30)

(8) Enfermos – O Ministério de Visitas. Só o evangelho genuinamente pentecostal para impactar as cidades (Mc 16.15-18) “E houve grande alegria naquela cidade” (At 8.8). Desenvolva a capelania hospitalar, não deixe de visitar os enfermos.

1) A Prática da Visitação no Antigo Testamento: “Ai dos pastores de Israel que apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas?... a fraca não fortalecesses, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer e a perdida não buscasses.” (Ez 34.2,4, 31).

2) A Prática da Visitação no Novo Testamento: “A religião pura e sem mácula para com nosso Deus e Pai, é esta: visitar órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo” (Tg 1.27).

3) Propósitos de Uma Visitação.

• Levar apoio.
• Solidariedade pessoal.
• Conforto moral.
• Bem-estar espiritual.
• Valorização pessoal.

4) Resultados de uma Visitação:

• Melhor identificação do pastor com o rebanho.
• É um exercício espiritual, com efeitos espirituais e morais.

(9) Endemoninhados. Quem se dedica à evangelização urbana deve estar preparado, também para casos difíceis de possessão demoníaca (Mt 8.28-34). Neste caso a preparação inclui oração, jejum e santificação (Mc 9.29). “Quem fracassa no preparo, prepara-se para o fracasso”.

IV. COMO FAZER EVANGELISMO URBANO

1. Definir os Objetivos: É necessário definir o que se pretende realizar, qual povo a alcançar. Sem objetivo não há estratégia.

2. Treinamento da Equipe. Antes de chegar à Macedônia, o apóstolo Paulo já podia contar com uma equipe altamente qualificada para implantar o evangelho na Europa (At 15.40; 16.1,2, 11,12; 17.1,10)

3. Fazer Levantamento de Recursos. O que temos é suficiente para alcançar o objetivo proposto? Caso contrário, deve-se optar por outro objetivo, ou esperar até que os recursos sejam suficientes.

4. Estabelecer prazos: Para alcançar o objetivo proposto, com os recursos levantados, quanto tempo levará? Teremos condições de alcança-lo em quanto tempo?

5. Elaborar Métodos Flexíveis e Precisos: Os métodos para alcançar os objetivos devem-se moldar-se às circunstâncias e características do campo. Não devem ser rígidos. Ao executar o projeto, este deverá estar apto a sofrer alguns ajustes e reformulações.

6. Estabelecimento de Postos-Chave. Sempre que chegava a uma cidade gentia, Paulo buscava uma sinagoga, de onde iniciava a proclamação do evangelho (At 17.1-3). Embora o apóstolo, na maioria das vezes, fosse rejeitado pela comunidade judaica, a partir daí expandia sua ação evangelística urbana até alcançar os gentios. Encontre os postos-chaves para a evangelização urbana (At 16.15; Fm 1,2). Na evangelização, as bases são muito importante.

7. Acompanhamento do Trabalho. Finalmente, acompanhe o progresso da nova frente evangelística. Ao partir para uma nova área urbana, deixe alguém responsável pelas igrejas recém-implantadas (At 17.14). E, periodicamente, visite-as até que amadureçam o suficiente para caminhar por si próprias (At 18.23). Não descuide dos novos convertidos. Fortaleça-os na fé, na graça e no conhecimento da Palavra de Deus.

8. Estabelecimento de círculos e núcleos evangelizadores. A verticalização das metrópoles impede-nos que evangelizemos de porta em porta como acontecia há 50 ou 60 anos. Por isso crie um círculo de relacionamentos. Não podemos entrar em um condomínio, mas um novo convertido que ali reside há de estabelecer um núcleo de evangelização, por meio do qual alcançaremos outras famílias.

9. Avaliar o Projeto. O evangelho de Cristo não muda. Todavia, os métodos de evangelização devem ser periodicamente avaliados, para que o nosso trabalho não se torne improdutivo. Após a execução do projeto, deve-se avaliar os resultados e extrair os conhecimentos necessários para melhor aplica-los no futuro e obter sucesso ao findar o trabalho. Use as redes sociais. Seja criativo. Não desperdice oportunidade alguma.
CONCLUSÃO
1. O que estamos fazendo para alcançar os povos minoritários?
2. O que estamos fazendo para alcançar as populações urbanas e rurais?
3. O que estamos fazendo para alcançar os povos das diversas regiões do mundo com suas religiões e culturas tão diversificadas?
4. A obra é urgente! O mundo não para de crescer e, com isto, cresce também o pecado.
5. Quantos estão coxeando entre obedecer ou não à ordem de Cristo e atender o clamor do mundo?
6. Quantos estão de alguma maneira, se desculpando para não ir ou não sustentar a obra missionária?
7. Quantos querem ir, mas não têm apoio das lideranças de suas igrejas?
BIBLIOGRAFIA
Teologia Sistemática Pentecostal – CPAD
Manual de Missões – Oséias Macedo de Paula. CPAD
O Pastor e Seu Ministério
O Desafio da Evangelização – Claudionor de Andrade CPAD
Manual Bíblico H.H.Halley
Enciclopédia de Teologia

Wilson de Jesus Alves