OS CRISTÃOS – SAL DA TERRA, LUZ DO MUNDO

OS CRISTÃOS – SAL DA TERRA, LUZ DO MUNDO E UMA CIDADE (Mt 5.13-16)
INTRODUÇÃO
1. Os profetas eram o sal da terra de Canaã; os crentes são o sal da terra, porque devem ir por todo o mundo e pregar o Evangelho. Cristo disse que um punhado de discípulos seriam o sal da terra. Apesar das muitas faltas da igreja desde então, a história é prova de que os poucos crentes em todos os séculos têm sido verdadeiramente o sal da terra.

I. SÍNTESE:
Isto é, o que preserva e guia. Jesus disse que era a luz do mundo (Jo 8.12). Ele brilha através dos que O seguem; estes refletem Sua glória. O motivo mais grandioso para a vida cristã que alguém pode ter é que, por sua maneira de vida, seus companheiros sejam constrangidos a glorificar a Deus.

II. ANÁLISE:
1. Sal da Terra.
(1) A Utilidade do Sal:
1) O Sal conserva da corrupção. Os crentes são o sal da terra porque conservam-na na corrupção.
2) Os crentes, a semelhança do sal, dão gosto ao que é insípido.
3) Refrescam e purificam ao que dá mau cheiro espiritual.
4) Não se aplica o sal aos animais vivos, mas à sua carne depois de mortos. Cristo quer que Seus discípulos sejam o sal da terra porque a sociedade humana está morta e, sem esse sal, estraga-se.
5) Cristo quer, também, que Seus discípulos tenham contato com o mundo, não é Sua vontade que se fechem dentro de conventos. O sal, para fazer os seus efeitos deve se misturar com o que é destinado a conservar.

(2) Quando o Sal Perde suas Propriedades:
1) Cristo nos deu Sua natureza divina (o que não significa que passamos a ser deuses!) para que a comunicássemos aos mortos espiritualmente, para que confortássemos aos aflitos e restaurássemos os irmãos caídos. Mas se nos tornarmos insípidos como o mundo, perderemos o sal da terra e se deixarmos de dar sabor à comunidade, a influência do mundo nos fará apodrecer espiritualmente.
2) “Para nada mais presta” (Mt 5.13) Existe uma coisas mais inútil do que o sal depois de perder seu sabor? Sal sem sabor não serve para coisa alguma, nem para adubar a terra. Os crentes, também de perderem o poder divino, não valem mais do que o sal sem sabor. Têm nome de que vivem, mas estão mortos (Ap 3.1)
3) “Um negociante de Sidom, havendo obtido do governo o monopólio do sal, trouxe uma quantidade imensa dos pântanos de Chipre, e alugou, e alugou sessenta e cinco casas na aldeia de June para armazenar o sal. Estas casas não tinham soalhos, e em poucos anos o sal depositado no chão perdeu o seu sabor. Vi uma grande quantidade atirada à rua e pisada pelos homens. Semelhantes armazéns são comuns na Palestina desde tempos remotos” – (The Land the Book).
4) Na cidade de Hutchinson, na América do Norte, um grande monte de sal ficou estragado. Experimentaram calcar uma rua com esse sal para não deixar desperdiçar tudo. Mas com as primeiras grandes chuvas, o que parecia grande êxito, tornou-se em deplorável fracasso; a rua mais bela da cidade transformou-se na rua mais triste. Até as árvores, à beira da rua, morreram.

2. Luz do Mundo.
(1) O sal opera no interior da massa; a luz opera no exterior. A ilustração do sal fala de nosso caráter; a da luz, fala de nosso testemunho. Note-se que, como Cristo falou primeiro no sal da terra e depois na luz do mundo, assim o caráter precede o testemunho.
(2) A luz descobre e manifesta.
(3) Em que sentido podemos ser a luz do mundo, quando o próprio Cristo o é (Jo 8.12), e o maior dos profetas testificou que ele mesmo não era? (Jo 1.6-8). A resposta é que brilhamos com luz refletida. Cristo é como o sol que brilha com a sua própria luz; nós somos como a lua que brilha com a luz espelhada do sol. Cristo não disse no sermão do monte: “Brilhai diante dos homens”, mas disse: “Brilhe a vossa luz...” Os crentes, no meio de uma geração pervertida e corrupta, resplendem, como luzeiros (astros) no mundo; não são chamados para receber honra para si, mas para que Deus seja glorificado (Fp 2.14, 15)

3. Uma Cidade Edificada Sobre um Monte (v.14)
(1) A cidade é um centro de cooperação, harmonia e governo.
(2) Colocado sobre um Monte é bem visível.
(3) No tempo de guerra como se pode camuflar uma cidade, para o inimigo não a reconhecer, especialmente quando “edificada sobre um monte”? É igualmente difícil esconder um crente que arde com a santidade das alturas.
(4) “Assim brilhe a vossa luz...” (5.16): Foi Cristo quem acendeu a luz em nós. Não devemos colocá-la “debaixo do alqueire” da conduta mundana, nem de uma vida de leviandade e nem dos cuidados deste mundo.

Wilson de Jesus Alves